Terça-Feira 16/04/2024 19:58

Gaby Amarantos fala sobre pressão estética: 'Superlibertação não usar aplicativos e filtros'

Brasil - Comportamento - Famosos

Gaby Amarantos em seus cliques na praia — Foto: Reprodução/ Instagram

 

Gaby Amarantos respira e inspira empoderamento e autoestima. A cantora não se deixa levar pelos padrões estéticos da sociedade e todos os dias escolhe ser como é e, se amar assim, sem modificar suas imagens usando aplicativos. De personalidade forte e voz poderosa, a menina que saiu da periferia de Belém, no Pará, se tornou uma das grandes vozes do país, mas nem por isso perdeu sua essência.

Bem resolvida com seu corpo nas redes sociais, ela abre o coração e revela que, como qualquer ser humano, não se sente poderosa o tempo todo, mas busca sempre virar esse jogo reafirmando o orgulho de suas origens e encorajando todas as mulheres, assim com ela, lindas por natureza:

"Nos momentos que não estou me achando totalmente gostosa e maravilhosa, dou uma respirada, medito e entendo que a beleza tem sua vasta diversidade".

Casada com o inglês Gareth Jones, a cantora, de 41 anos, quer passar para o filho Davi tudo que aprendeu com sua mãe e também musa, Dona Elza.

Confira entrevista franca e sem filtros!

Você tem um discurso de empoderamento bem bacana. Em que momento aprendeu a amar seu corpo?

"Não considero que tenha um discurso de empoderamento, considero que, para além do discurso, é uma parada de ser mesmo isso, ser a minha verdade. Sempre fui uma mulher fora do padrão e a pressão estética sempre foi uma parada muito difícil para mim. Acho que ainda estou virando essa chave, talvez, nunca vire até o fim. Sempre que a gente vira um pouquinho, vem alguém e volta com a exaltação da padronização. Para mim é um processo diário. Posto nas minhas redes falando nesse assunto porque para mim é autoafirmação e receber o carinho das pessoas, me ajuda no meu processo de cura."

Se olha no espelho e se sente linda? Gostosa?

"Não sou totalmente bem resolvida com meu corpo, ainda olho para ele e penso que poderia mudar uma coisa ou outra, é um processo natural do ser humano. Me acho gostosa e a parada de se achar para mim ajuda no meu processo de vida, de levantar todos os dias, ter autoestima. É muito importante a gente reafirmar isso. Mesmo nos momentos em que não estou me achando totalmente linda, gostosa e maravilhosa, dou uma respirada, medito e entendo que a beleza tem sua vasta diversidade."

"A gente precisa ressignificar o que é beleza. Está muito preso a estética e a um tipo de beleza que a gente acha. Precisamos diversificar."

Você acabou de fazer 41 anos. Teve crise de idade em algum momento? Como se sente com o passar dos anos?

"Idade para mim nunca foi uma questão. Vivemos em uma sociedade que tem prazo de validade para colocar roupa, para gostar de um tipo de música, mas lido muito bem com isso. Nunca liguei e, se algum dia chegar aos 80 anos, quero estar linda no palco cantando, rebolando, sensualizando e passando uma mensagem para galera se sentir cheia de poder."

Já fez dietas loucas e sofreu para ser magra? Se arrepende de alguma loucura que tenha feito em nome da estética?

"Fiz muita loucura por conta da ditadura da magreza e tenho propriedade para falar. Dou o conselho para estudar, pesquisar e entender antes de fazer qualquer coisa. Sou muito vaidosa e continuo fazendo massagem modeladora e aparelhinhos não invasivos. Gosto de usar cinta, que ajuda na minha postura, me sinto mais poderosa, segura. As loucuras que já fiz foi por conta da pressão de ser magra. Fiz alisamentos no cabelo também. Não sou mais escrava dessas paradas. Ter vaidade faz eu me sentir poderosa."

Teve alguém que te ajudou nesse processo de autoestima?

"Sempre recebi ajuda muito cedo. Desde criança minha mãe me dizia a frase: “Se ame, faça o que tem que fazer e não ligue para o que as pessoas vão dizer”. Sempre lidei com racismo na escola, alguém que fala que seu cabelo é ruim não é bullying, é racismo. Lidei na adolescência, na fase adulta e até hoje a gente está lutando com as atrocidades. Ter uma boa relação com a comida é uma parada que me ajudou muito em relação a autoestima."

"Sou de uma terra que tem uma comida maravilhosa e muito tempo tive uma relação horrível com a comida, com medo de comer, me arrepender, de bulimia e hoje não tem mais isso. Amo comer e quando quero chutar o balde, chuto, me divirto, sou feliz. No outro dia volto para dieta balanceada. A gente tem que resgatar esse amor não só pelo corpo, pelo ato de se alimentar."

É da sua mãe que vem esse discurso forte e coração puro?

"Tento cada vez mais me aproximar do que era minha mãe. Mulher de uma vivência muito pura, tinha orgulho de ser a ribeirinha que nasceu no meio da floresta amazônica. Ela acreditava que o maior benefício que poderia nos dar era a educação. Dizia que o conhecimento ia me levar muito longe. Mandava eu me informar e formar pensamento crítico para ir para bons caminhos. Sempre acreditou que as pessoas podem ser melhores. Ouvi muito Dona Elza. Quero passar o aprendizado para o Davi e para pessoas que possam receber essa mensagem de transformar."

O seu novo trabalho, em parceria com a Duda Beat, “Xanalá”, fala da sexualidade feminina. Sempre lidou bem com ela? Em sua casa, sempre se falou sobre tudo?

"Lidar bem com a minha sexualidade é um processo que começou de uns anos para cá. Depois da maternidade comecei a entender que o prazer é meu direito e a liberdade de expressar a sexualidade também. Na minha casa minha mãe não falava sobre esse assunto, foi com o tempo mesmo, estudando, lendo, mas sempre fui uma criança com interesse de querer saber. Quis escrever uma música que exalta a diversidade do órgão feminino, pelo meu interesse de falar desse assunto e perceber que se fala tão pouco. As pessoas colocam o prazer feminino como uma loucura, uma sandice. As meninas não são incentivadas a conhecerem seus corpos. Quis falar disso justamente por estar em um momento de liberdade sexual muito grande que veio com a maturidade."

Quando ficou com vontade de se mostrar mais nas redes sem filtros?

"Essa parada de mostrar mais o corpo nas redes, cada vez menos usar filtro e mostrar para as pessoas do jeito que sou, faz parte do processo de cura e autoafirmação. Acho que faz muito mais bem a mim do que às pessoas. Quando posto qualquer foto ou quando estou na capa de uma revista sendo colocada como símbolo de beleza, além de estar me libertando, estou ajudando a libertar muita gente."

"Sem falsa modéstia, sei o quanto isso é importante para mim e me sinto colhendo frutos de uma luta de muito tempo. A gente tem falado muito de empoderamento de anos para cá, mas isso sempre fez parte da minha vida toda."

Postar fotos sem usar filtro, é uma libertação?

"Uma superlibertação não usar aplicativos e filtros. Não é uma pressão para mim essa parada de inspirar. Sou vaidosa e gosto de contribuir. O grande lance é não deixar que o ego seja maior que o bem que pode fazer para as pessoas. Não acho que sou alguém que pode influenciar, ensinar. Busco ser eu mesma e a parada acontece de forma muito natural. As histórias que as pessoas contam é uma coisa muito linda, forte. Tem crianças se inspirando com alguma coisa. Postei recentemente uma foto com legenda 'porque choras padrão?'. Muitas mulheres postaram fotos com seus corpos do jeito que são, me marcando. É importante transformar em uma corrente para que mais pessoas possam se libertar dessa pressão estética."

O que Gaby já passou e não passaria novamente?

"O que não passaria mais é desacreditar que as coisas vão dar certo através da força do meu trabalho. Nunca mais vou desacreditar de mim, mesmo que tenha meus momentos de baixa. Não é todo dia que estou com a espada da rainha da autoestima mão. Às vezes fico triste. Sei que o que faço é bonito, especial. Mesmo que hoje eu esteja em outro lugar, não esqueço jamais minhas origens. Tenho sempre muito cuidado de manter meu olhar para o lugar de onde vim. Não por humildade, odeio essa palavra que te colocam para que você não cresça. Quero ver cada vez mais mulheres de origem humilde crescendo, evoluindo e empoderando pessoas. Quero ver as pessoas voando e quero mais é voar."

GShow/KV

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