Ter só os direitos não resolve!
Estado - Opinião
Foto: onlinevida.com.br
Fazemos parte de uma sociedade que se diz livre de preconceitos e plenamente ciente dos direitos assegurados aos deficientes, mas a realidade mostra uma visão bem diferente disso.
As leis que garantem os direitos à acessibilidade não são recentes e, no papel, são bem abrangentes, porém, o que a sociedade oferece, na prática, a essas pessoas é quase nada, pois vemos as leis serem postas de lado, a fiscalização sendo insuficiente e os resultados são preocupantes.
Na cidade de Dourados existe uma situação que comprova essa realidade, pois o prazo para adequação das calçadas, com a colocação das guias, no quadrilátero central, já se esgotou, foi prorrogado e ainda não temos a conclusão das obras nem por parte do setor privado (muitas empresas ainda não se adequaram) e o pior, nem o setor público conseguiu se adequar. Isso abre uma discussão muito ampla, pois os direitos estão assegurados pela legislação, mas o que impede a sua execução?
Muitas vezes, somos incoerentes em relação aos nossos pensamentos e atitudes, pois quando falamos o que pensamos sobre a acessibilidade argumentos lindos são empregados, porém, o que fazemos para que ela seja efetivada em nosso meio?
Vemos instituições públicas e não apenas as municipais, falo de entidades como o Fórum de nossa cidade que foi construído recentemente e suas calçadas foram feitas sem as guias e, agora, terão que ser adequadas, gastando mais dinheiro público, ou seja, nosso. Como vemos isso tudo? Será que nos preocupamos com nossos deficientes, o quanto eles merecem, pois são parte integrante da sociedade assim como qualquer outro ser humano, apenas precisam de maior atenção para que possam mostrar suas capacidades e habilidades.
Nossa sociedade brasileira, como um todo, precisa ser mais humana, pois o que vemos são as famílias dos deficientes se preocupando com essa questão, mas será que para entender as necessidades dos deficientes é preciso que tenhamos alguém com essas necessidades em nossa família? Será que somos incapazes de enxergar ao nosso redor com uma visão humanista? Será que só vamos respeitar as vagas de estacionamento específicas para os deficientes e idosos, quando formos um deles?
Para que essa situação seja resolvida é preciso que olhemos e passemos a agir de maneira menos hipócrita, ou seja, precisamos falar menos e agir mais, respeitar mais, sermos mais conscientes em nossas atitudes e pensarmos que algumas pessoas nascem com deficiências, porém, muitas pessoas tornam-se deficientes depois de doenças ou acidentes, ou seja, nenhum de nós está livre de viver essa realidade constrangedora a que nossos deficientes estão sendo submetidos hoje em dia.
Vamos fazer a diferença de verdade. Vamos tomar atitudes que mostrem que fazemos a nossa parte. Vamos mostrar que nos importamos com essas pessoas que, como nós, precisam de liberdade para ir e vir e fazer com que isso se torne real na vida deles. É o mínimo que podemos fazer para tentarmos reparar o tamanho descaso a que submetemos todas elas durante tantos anos.
(Profª.Esp. Dirlene J. Colla da Silva)
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1º Encontro dos Amigos da Empaer
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Cidade:Dourados
Data:16/04/2016
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