Trânsito e Transporte08/11/2010
A logística operacional do transporte rodoviário de madeira
Foto: Painel Florestal
A estruturação da logística operacional para o transporte rodoviário de madeira destinada ao segmento de celulose e papel engloba diversas atividades específicas, de modo a proporcionar um nível de produtividade, custos otimizados, qualidade e segurança necessários ao cumprimento dos objetivos estratégicos da atividade.
Em geral, os fatores determinantes do transporte florestal rodoviário relacionam-se à expertise da empresa na área florestal, que inclui a definição do modelo logístico operacional, o desempenho dos veículos e equipamentos utilizados e seus custos. Nesse contexto, é importante definir o tipo de veículo escolhido para cada operação, as características e condições das estradas, o planejamento de trabalho e os fatores humanos. A escolha e dimensionamento da frota deve considerar as condições locais de trabalho, as distâncias das rotas, os volumes e características da madeira transportada, buscando o melhor desempenho operacional e a otimização dos custos.
Nesse cenário, verifica-se, na prática, que a utilização de conjuntos de transportes convencionais de 6 eixos (cavalo mecânico e carretas 3 eixos) e de composições especiais, bitrens, rodotrens e tritrens, tracionados com cavalos mecânicos 6 x 4, mostra-se a mais adequada à logística florestal, em função dos tipos de cargas e características das estradas florestais, notadamente em MG, ES, BA, SP, SC e MS.
A utilização dessas composições encontra-se restrita à Lei da Balança, com a finalidade de preservar as condições das estradas e obras de artes. O excesso de peso danifica de forma expressiva a suspensão dos caminhões, a capacidade de transporte e a durabilidade dos sistemas de freios, prejudica a direção e gera desgastes prematuros nos pneus. Assim, o peso bruto por unidade de transporte ou composição de veí-culos pode chegar até 45 toneladas. O transporte com peso acima desse valor necessita de autorização especial (bitrens, rodotrens e tritrens).
Para os bitrens, nas rodovias estaduais de Santa Catarina, é necessário licença especial, e, nos demais estados e rodovias federais, não há necessidade dessa licença. Para rodotrens nas rodovias federais e nas rodovias do estado de São Paulo, necessita-se de licença especial.
Em geral, pode-se constatar que a utilização de rodotrens, tritrens e bitrens representa menos veículos circulando nas estradas, gerando menor dispêndio de combustível, e, portanto, deveria ser motivo de priorização de interesses e procedimentos nas operações logísticas do transporte florestal, e também, de outros segmentos de relevância na economia brasileira. Para ilustrar a otimização de cargas e ganhos operacionais associados, apresentam-se, a seguir, os volumes médios transportados para essas composições: bitrens – 39 toneladas/74 de metros cúbicos estéreis/46 de metros cúbicos compactos; rodotrens – 53 toneladas; e tritrens – 51 toneladas/110 metros cúbicos estéreis/70 metros cúbicos compactos.
Outro fator de suma importância relaciona-se à qualificação dos motoristas condutores dos caminhões, de modo a diminuir os acidentes, melhorar o aproveitamento do combustível, reduzir o dispêndio com a manutenção veicular e aumentar a segurança no transporte das cargas transportadas.
Nessa questão, são importantes a seleção e treinamento dos motoristas, iniciais e periódicas, que incluem o detalhamento de assuntos/atividades relacionados a essa atividade e distribuição de uma “cartilha do motorista”, contendo informações sobre direção defensiva, cuidados básicos na utilização dos caminhões, verificação de pneus durante a viagem e importância do preenchimento do diário de bordo das viagens.
O monitoramento operacional das viagens, como produtividade estabelecida nas rotas, e aspectos comportamentais dos motoristas, nas estradas e nos contatos com o cliente, deverão ter atenção especial.
A logística operacional responsável pelo atendimento às programações de carregamentos dos clientes deverá atentar para as questões envolvendo o cumprimento da produtividade de viagens, que se encontra alinhada com os custos associados e, por consequência, com os fretes negociados com a empresa contratante. Devem-se utilizar sistemas de rastreamento, controlando cada etapa da operação, através da definição de pontos chaves do trajeto, verificando os horários de carga e descarga.
Enfim, a gestão do transporte florestal rodoviário deverá ser estruturada com base numa visão sistêmica da operação, envolvendo a indústria e o transportador, e este, atento para a qualificação da mão de obra envolvida nas operações. Assim, a escolha das melhores técnicas de controle logístico, as tecnologias inerentes aos veículos e equipamentos, a qualificação e treinamento permanente do pessoal envolvido e a avaliação operacional periódica, que deverão proporcionar melhorias constantes e ganhos entre as partes, garantirão o sucesso da operação como um todo.
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