Ana Carolina Dias relembra as vilanices de Carmem, em 'Império' — Foto: Reprodução/Instagram

Uma mulher má, muito má. Assim é Carmem, a advogada sem nenhuma ética e que sempre aprontava em Império. A personagem conquistou Orville (Paulo Rocha), que na época era casado com Juju (Cris Vianna), e ainda, vivia dando forças para ele enriquecer às custas de Salvador (Paulo Vilhena). E tudo isso é só uma fração do seu poço de maldade. Não é a toa que Ana Carolina Dias tem muita história para contar da época em que deu vida à vilã:

"Na época, fui ao Sambódromo, e uma senhora ficou me encarando com uma expressão nada boa. Eu sorri para ela, perguntei se estava tudo bem, e ela falou que eu era má. Eu disse que não, que a personagem que era má, mas ela continuou dizendo que sim, que eu era má (risos). Sério! Achei graça, né?"

Passando por outras situações semelhantes, Ana Carolina brinca que, na época, ganhou o ranço do público, mas afirma que viver a Carmem foi um presente para a sua carreira:

"Carmem era sempre fria. E desenhar uma personagem sem muitas nuances é desafiador. Sempre quis fazer uma vilã, fiquei feliz com a repercussão."

Carmem até poderia ser um meme ambulante, daqueles que ostentam tamanha frieza em quaisquer situações. Seja diante do drama vivido por Salvador ou das constantes crises de consciência de Orville, seu próprio marido, a advogada continua impassível, ostentando toda a sua indiferença com o sofrimento alheio.

"Ela não amar, não chorar, não se arrepender... Difícil humanizá-la. Bicha ruim demais (risos)", cita Ana Carolina, afirmando que o jeito da personagem foi um dos maiores desafios na hora de interpretá-la.

Se por um lado a Carmem era uma pedra de gelo, por outro ela também era um vulcão em erupção! Com muito sex appeal, a advogada protagonizava várias cenas tórridas com Orville. Sem falar do charme que ela jogava para conseguir o que queria. Carol revela que, assim como sua personagem, também se acha uma mulher sexy, mas com muito cuidado para não cair nos exageros da cobrança com a imagem:

"Eu julgo sexy o brilho nos olhos, um sorriso largo, gente bem resolvida, boletos pagos... (risos). As armadilhas estão aí, acionando gatilhos pra todos os lados... Nossos corpos são perfeitos, e se estamos saudáveis, tá tudo bem, sabe? Às vezes me pego caindo nessa, com vergonha de usar barriga de fora, por exemplo, porque não estou seca. Tá errado isso! Pessoas estão adoecendo com essa ideia do esteticamente perfeito. Temos que cuidar mais da mente que do corpo. Me sinto sexy sim... Uns dias mais, outros dias menos, como toda mulher."

Filho, esportes e areia do mar

Mãe de Arthur, de sete anos, Ana Carolina conta que a nova rotina adotada com a pandemia só fortaleceu os seus laços com o rebento. Nas redes sociais da atriz é comum ver os dois em momentos de descontração e com muito amor envolvido:

"Arthur voltou às aulas presenciais esse ano. Pra ele, que está se alfabetizando, o presencial faz diferença. Sempre estivemos muito juntos, e estaremos sempre, e pra sempre. Na nossa relação não mudou nada com a pandemia. Ele está crescendo, se tornando um rapazinho lindo e mamãe fica babando, incentivando e amando mais e mais, e infinito, e além."

Além de curtir momentos valiosos com o filho, Carol gosta de aproveitar o tempo livre caminhando na praia, dando um mergulho no mar, ouvindo música e praticando outras atividades, como o pole dance. A atriz só lamenta a pausa forçada, por conta do momento delicado que assolou o mundo:

"Antes da pandemia eu me movimentava bem mais. Jogava tênis, malhava, fazia pole dance... Cheguei até a me aventurar no surf. Mas parei tudo com a pandemia e ainda não voltei. Tenho feito só caminhadas na praia."