Chuva compromete soja e milho: quebra pode chegar a 20%
Estado - Agronegócio - SuperSafra
Produtores rurais de todo o Estado vivem um dilema. Muitos estão com a colheita atrasada em função da chuva que não deu trégua entre fevereiro e inicio deste mês. Alguns já contabilizam perdas na safra de soja, segundo informações da Secretaria Estadual de Produção. Os técnicos ainda não levantaram a extensão do prejuízo, mas o governador já declarou que a supersafra acabou.
As chuvas dos últimos dias mandaram para o ralo a previsão da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) de colheita de 5,6 milhões de toneladas de soja em Mato Grosso do Sul, que já vinha sendo chamada de “supersafra”. "Se chegar a 5 toneladas, eu dou um beijo na careca de São Pedro”, afirmou o governador André Puccinelli, em entrevista coletiva nesta quarta-feira, na sede do Poder Executivo. “A supersafra já não existe”, lamentou.
Segundo Puccinelli, existe previsão de perda de até 1 milhão de tonelada de soja. “A situação não é boa”, confirmou a secretária Tereza Cristina Correa da Costa (Desenvolvimento Agrário, da Produção e Turismo).
Atingidos
O governo do Estado já declarou emergência nas lavouras atingidas, com o objetivo de facilitar o acesso ao crédito para os agricultores e a renegociação dos débitos. Além disso, os municípios de Bandeirantes, São Gabriel do Oeste, Maracaju e Rio Brilhante também estudam decretar estado de emergência por conta das perdas na safra.
No geral em MS
Em nível de Estado, o setor da agricultura prevê que se o tempo chuvoso continuar as perdas podem chegar até 20% de toda produção, já que parte da oleaginosa poderá apodrecer na lavoura. A previsão inicial era que Mato Grosso do Sul poderia produzir 10,042 milhões de toneladas nesta safra. O atraso na colheita da soja compromete a segunda safra do milho.
No Estado, o prazo estabelecido pelo zoneamento era até 28 de fevereiro, mas por causa do atraso da colheita da soja, o Ministério da Agricultura prorrogou para 20 de março para o setor não sul-mato-grossense não perder o seguro rural (Proagro). Mas mesmo assim muitos produtores temem que não haja tempo hábil, já que grande parte utiliza o mesmo espaço da soja para plantar o milho.
Neste período do mês, em safras passadas, a colheita da soja já estaria em fase final, lembra o presidente da Aeagran, Bruno Tomazini. Ele estima que nem 30% da safra tenham sido colhidos até agora. De acordo com o engenheiro agrônomo do Grupo Plantio na Palha, Ângelo Ximenes, mesmo que os produtores consigam plantar o milho até o prazo estabelecido pelo zoneamento, muitos poderão enfrentar riscos em função das geadas entre os meses de junho e julho.
A ampliação do plantio do milho safrinha em Mato Grosso do Sul ocorreu em caráter excepcional, após os técnicos terem constatado excesso de chuvas nas principais regiões produtoras, o que atrasou a colheita da soja e está impedindo o plantio do milho da segunda safra, que é feito na mesma área. A medida é válida para 27 municípios do Estado.
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